ENTREVISTA
COM LEANDRINHO
Hélio Pacheco -
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A passagem do
armador da seleção brasileira e do Phoenix Suns, Leandrinho
Barbosa, durante esta semana (27/06 a 02/07), pelo Rio de Janeiro,
fez muito bem ao jogador. Com um sorriso de menino estampado no
rosto, o jogador de 21 anos e 1.91m, estava com saudades do calor
humano dos brasileiros. Leandrinho fala com exclusividade sobre
seu atual momento, além dos fatos relacionados com o basquete
nacional.
Qual a análise
que você faz da sua primeira temporada na NBA?
Leandrinho:
Eu esperava ficar no banco, já que o Marbury (Sthepen Marbury) era
o armador titular. Mas, com a saída dele, tive a felicidade de
assumir a posição que era dele. Agora, eu pretendo ir melhor nesta
segunda temporada, pois me sinto mais adaptado e acredito que
posso começar a desenvolver meu jogo para ajudar meu time chegar
ao título.
Há algumas
semanas atrás, o Oscar disse que os jogadores brasileiros deveriam
pôr a seleção brasileira em primeiro plano, numa crítica evidente
àqueles que pedem dispensa para buscarem seu espaço no mercado.
Você concorda com o Oscar?
Leandrinho:
Sim e não. Sim, porque a seleção brasileira é o sonho de qualquer
jogador e nem passa pela minha cabeça ficar fora dela. Não,
porque, no meu caso, o clube é que muitas vezes me impede de ir. O
que se precisa entender também, é que mais jogadores novos estão
aparecendo e tendo oportunidade na seleção por conta destas
possíveis desistências. Essa questão tem que ser analisada por
outro prisma.
O que você está
achando deste evento da NBA (Basquete Sem Fronteiras) aqui no
Brasil?
Leandrinho:
Muito bom. Acho que deveríamos ter mais brasileiros nesta clínica.
Poderia haver um regulamento que permitisse ao país anfitrião ter
direito a mais vagas. Faltou também uma maior divulgação, já que
muitas pessoas gostariam de estar participando ou mesmo assistindo
eventos como os das vilas olímpicas.
Quando criança
você também viveu em comunidades carentes, como as das Vilas
Olímpicas espalhadas pela cidade do Rio de Janeiro, e que você
visitou. Deu para relembrar o passado?
Leandrinho:
Eu sai de um bairro pobre da periferia de São Paulo igual às Vilas
Olímpicas que visitamos. A oportunidade que eles estão tendo
através deste programa da NBA eu não tive. O importante é que
essas pessoas lutem, consigam trabalhar e melhorar suas vidas.