EUROBASKET 2005
Por: Prof.
Ms. José
Marinho M. Dias Neto
Depois da
classificação do Brasil e de mais três países das Américas, mais
seis vagas para o Mundial de 2006 no Japão estão em jogo na Europa
através do Eurobasket 2005. O regulamento da competição poderia
muito bem ter sido concebido em uma das mesas de nossos “famosos”
dirigentes de futebol. As 16 seleções estão divididas em quatro
grupos. Os últimos de cada grupo são eliminados. Os segundos jogam
contra os terceiros de outro grupo tentando a vaga nas
quartas-de-final, onde enfrentarão os primeiros. Os vencedores das
quartas farão as semifinais. A final envolverá os vitoriosos das
semis. Ufah...
Os Grupos:
Grupo A
A Itália,
vice-campeã em Atenas, repete a fórmula olímpica, baseando sua
força nas ações ofensivas de seus armadores (Basile,
Bulleri e Pozzecco) e numa defesa
dura e bem organizada. Na Alemanha, o time é
Dirk Nowitzki e mais quatro. A equipe
alemã está envelhecida, sendo que sua preparação para o torneio
foi muito prejudicada pelas contusões e pelas ausências de alguns
jogadores importantes. A Rússia passa por um processo de
renovação. Pela primeira vez na história, um negro irá defender as
cores do país. Trata-se do armador Robert Holden, americano
naturalizado. O faz tudo Andrei Kililenko é o craque de uma equipe
que depende dos novos valores emplacarem para aspirar à
classificação. Slava Medvedenko (Lakers) é a única estrela de uma
equipe em os outros onze jogadores atuam na Ucrânia. Só mesmo uma
grande surpresa poderá evitar a eliminação dos representantes da
terra de Sergei Bubka.
Grupo B
A Lituânia
conta com a tradição, o cestinha
Siskauskas e o poderoso conceito de
jogo baseado nos dribles agressivos e nos arremessos do perímetro
para alcançar o sucesso na
competição. A equipe seria favorita destacada para o título não
fossem as ausências de Jasikevicius, Macijauskas, Stombergas,
Songaila e Ilgauskas. A Turquia vem com força máxima. Kutluay,
Turkoglu Okur e cia fizeram uma preparação cheia de altos e
baixos. A equipe é muito versátil e forte fisicamente, mas nem
sempre consegue um bom entrosamento. Giricek, Planicic e Vujcic
têm uma grande responsabilidade pela frente: apagar o passado
recente de eliminações da Croácia nas principais competições
internacionais. Talento, condição atlética e juventude não faltam.
A dúvida está no foco. A Bulgária é o primo pobre do grupo. O
cestinha Todor Stoykov e os arremessos de três não deverão evitar
sua eliminação precoce.
Grupo C
O time do
técnico Giannakis (craque da geração de Fasoulas, Galis e etc)
controla o ritmo de jogo todo o tempo. Trata-se de uma equipe sem
grandes destaques individuais (Papadopoulos
pode ser considerado uma exceção) que
tem na forca da defesa (a melhor da Europa) sua principal arma. A
França conta com o time cheio de bons alas e armadores, comandados
pelo campeão da NBA Tony Parker. O problema são os pivôs: baixos e
sem massa muscular. E na Europa isto pesa muito. A Eslovênia conta
com um time talentoso e forte no jogo interior. Nesterovic, Brezec
e Nachbar precisam buscar um bom entrosamento para evitar os
insucessos das últimas jornadas. O ala
Henry Domercant, americano
naturalizado, é um dos poucos a serem
citados na Bósnia Herzegovina.
A equipe está abaixo do nível das demais, embora tenha boa
estatura e bons arremessadores do perímetro.
Grupo D
Mesmo
com a ausência de Paul Gasol, a Espanha tem um plantel completo,
experiente e talentoso. Calderón é o
craque de um time muito bem organizado, mas deficiente de força no
garrafão. De qualquer maneira é um dos favoritos para o título.
Sérvia e Montenegro foi muito mal em Atenas, mas agora joga em
casa para recuperar seu prestígio, contando com Bodiroga,
Rakocevic, Jaric, Krstic, Milicic, Radmanovic e cia para obter seu
intento. Mesmo sem Stojakovic, o time tem capacidade para disputar
o título, bastando para isso jogar coletivamente sem estrelismos.
A Letônia é a metralhadora européia. Qualquer time que não
estender sua defesa, corre sérios riscos de derrota. A falta de
jogo interior e de uma defesa mais dura prejudicam sensivelmente a
equipe. Israel precisou da repescagem para conseguir a vaga na
competição. Se por um lado foi sofrido, por outro a equipe está em
ritmo de jogo. O gosto pelo contra-ataque, a frieza nos momentos
decisivos e a experiência são as principais características de um
time homogêneo.
Fontes:
ACB.com
Eurobasket2005.com
Críticas e sugestões:
bbheart@bbheart.com.br
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