Entenda a troca de Shaquille O'Neal
Prof. Ms.
José Marinho M. Dias Neto
A ida de O’Neal para
o Miami é como a queda da última peça de um efeito dominó. Os
Lakers montaram um supertime na temporada passada. Todas as
previsões apontavam para um dos títulos mais certos da história da
NBA. A química da equipe nunca funcionou. Gary Payton esteve
sempre subdimensionado, Malone sentiu o esforço de suas vinte
temporadas, o banco de reservas pouco correspondeu e, o principal,
o relacionamento entre as estrelas O’Neal e Bryant se deteriorou
de vez. A convivência entre os dois se tornou insuportável. Ainda
mais com a derrota. Estrelas têm pontas... Nem mesmo o mestre em
administrar egos Phil Jackson deu conta desta vez. E de quebra,
pediu o boné.
A direção da equipe
se viu forçada a efetuar mudanças. Só em Nova Iorque existe mais
pressão da mídia, do público e dos patrocinadores que em LA.
Kobe Bryant poderá
ir para onde quiser a partir de quarta-feira. O jogador cumpriu o
último ano de seu contrato com o time de Los Angeles e tem agora
passe livre. Os Lakers nada receberão em troca caso Bryant deseje
deixar o clube. Mas existe um porém, só os Lakers podem oferecer a
quantia máxima (136 milhões) para o atleta (a NBA prioriza a
renovação dos contratos em suas regras). As outras equipes poderão
chegar “somente” a 104 milhões.
Desta forma, os
Lakers se viram na obrigação de colocar na balança, de um lado O’Neal
e mais dois anos de contrato (59 milhões) e do outro uma possível
renovação de Kobe. Comenta-se a boca miúda que Bryant fez somente
uma exigência para renegociar o contrato com os Lakers: No Shaq!
Rudy T (ex-Houston),
o novo técnico da equipe, deixou claro em sua primeira entrevista
que conta com Bryant para a próxima temporada e que já fez
contatos com o agente do jogador sinalizando sua posição.
Mudando o jogo de
dominó para xadrez, os Lakers mexeram suas peças e elegeram seu
novo rei: Kobe Bryant. Só resta saber se ele vai querer colocar a
coroa.
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