Brasil conhece seus adversários no Pré-Olímpico
Por: BBHEART
Definidos os
grupos do Pré-Olímpico Mundial Masculino que definirá as últimas
três vagas para os Jogos de Pequim:
Grupo A: Brasil, Grécia e Líbano
Grupo B: Alemanha, Cabo Verde e Nova Zelândia
Grupo C: Coréia, Eslovênia e Canadá
Grupo D: Camarões, Croácia e Porto Rico
De acordo com o regulamento, na primeira fase, as 12 seleções se
enfrentam nos seus respectivos grupos. As duas primeiras colocadas
de cada chave se classificam para as quartas-de-final nos
seguintes confrontos: A1 x B2, B1 x A2, C1 x D2 e D1 x C2. Os
vencedores das quartas-de-final disputam a semifinal. Os
ganhadores da semifinal estarão classificados para a Olimpíada de
Pequim, enquanto os perdedores se enfrentam para definir a
terceira e última vaga. (Fonte: CBB)
Opinião BBHEART
O Brasil
está no grupo dos donos da casa, a Grécia. O que num primeiro
momento poderia parecer desfavorável, se torna interessante, pois
só cruzaremos de novo com eles no final (final ou decisão de 3º
lugar). É claro, partindo do pressuposto que venceremos o Líbano.
Nosso adversário nas 4as de final será provavelmente a Alemanha.
Das equipes européias,
Nowitzki e cia é, com certeza, a menos forte. Para começar, no
Pré-Olímpico Europeu, o astro dos Mavericks (NBA) levou o time nas
costas com médias de 24 pontos e nove rebotes por jogo. O segundo
cestinha tem média de apenas oito pontos e o time fez somente 70
pontos por jogo (antepenúltima marca do torneio). Se estivermos
completos, tanto o Varejão quanto o Splitter serão excelentes
opções para a defesa sobre Nowitzki. Além disto, temos extrema
dificuldade quando jogamos contra armadores habilidosos, que
decididamente, não é o caso da Alemanha. Poderemos praticar uma
defesa mais conservadora e nos concentrarmos nos rebotes (os
germânicos foram os segundo melhores nesta estatística no
Europeu), pois a artilharia de longa distancia de nossos rivais
não é assim tão poderosa. Precisaremos fugir da cadência do time
alemão através de um jogo de transição estruturado (e consciente)
e, é claro, demonstrar mais opções táticas ofensivas. Vencido este
desafio, estaremos a um passo de Pequim, quer seja vencendo a
semifinal ou a decisão de 3º e 4º lugares. Na semifinal deveremos
encontrar a Croácia. Trata-se de um time
irregular com talento suficiente para bater
a Espanha num dia e perder para Letônia ou Israel no dia seguinte.
Destacam-se o Pivô Mario Kasun (ex-Orlando Magic),
Zoran Planinic
(ex-New Jersey) e o armador Marko Popovic, isto se Gordan Giricek
(Philadelphia) não aceitar a convocação. No Pré-Olímpico, a equipe
fugiu seguidamente do padrão de jogo conceitual europeu, se
excedendo nos arremessos precipitados na transição e queimando
alguns tiros desequilibrados. Quando dá tudo certo, se torna muito
difícil batê-los, mas do contrário, abre-se uma porta interessante
para os contra-ataques. Precisaremos ter muita atenção nos
rebotes, pois seus pivôs vão forte na tábua ofensiva.
“No frigir
dos ovos”, o sorteio foi bastante razoável para nós. Se temos
chance, a resposta é sim. Sim, porque temos talento em algumas
posições, embora nos falte um armador confiável. Sim, porque o
fato novo de um técnico estrangeiro sempre poderá ocasionar
motivação. Sim, porque o sorteio não foi ruim. Sim, porque temos o
dever de acreditar, pelo bem de nosso basquete. Só nos resta
torcer para que o novo treinador seja abastecido de informações
fidedignas e que a CBB não o atrapalhe...
Críticas e sugestões:
bbheart@bbheart.com.br
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