ENTREVISTA COM
NENÊ
Em sua segunda temporada na NBA, o craque brasileiro (11,7 pts,
6,5 rebs, 2,2 ass, 53,4% Arrem em 03/04) fala com exclusividade
para a BBHEART das coisas da liga americana, do atual nível de
nosso basquete e de seus planos para as férias.
BBHEART: Qual o
efeito da entrada do Carmello no time e particularmente para você?
Nenê:
Ele ajuda muito ofensivamente. Particularmente não temos muito
contato, mas é um bom cara.
Classifica ou não
classifica para os playoffs?
Não sabemos
ainda, mas a vontade é muito grande e estamos trabalhando pra isso
e mantendo a cabeça no lugar.
Você acha que
algum brasileiro tem chance no próximo Draft?
O nome mais
falado é o do Baby, porque os outros, pelo que fiquei sabendo, têm
problemas com contratos na Europa.
Quem ganha a NBA
este ano?
Denver em
primeiro e Lakers talvez em segundo. Se não acreditarmos na
vitória, não podemos nem chegar aos playoffs.
Depois de duas
temporadas de experiência na NBA, qual parte de seu jogo ainda
precisa de aprimoramento?
Meus chutes
de longa distancia e o rebote, mas sempre precisamos aprimorar
tudo.
Quem é o jogador mais difícil de marcar na NBA?
Marcar
o Kevin Garnet é muito difícil, ele é completo. |
Pisante do
Nenê no All Star Game |
Você está na NBA,
que é sinônimo de sucesso. Você não acha que as instituições
ligadas ao basquete poderiam fazer parcerias com você para
popularizar mais nosso esporte no país?
Acredito
sim, mas como o basquete não é prioridade no nosso país, então
fica mais complicado. Estou fazendo o melhor para representar o
meu país e, quem sabe, ajudar a crescer algo aí. Sozinho não posso
fazer muita coisa.
A que você
atribui a nossa ausência nas olimpíadas de Atenas?
No
Pré-Olímpico havia times de alto nível e nós fomos representados
por um grupo muito jovem. Poderíamos ter mais jogadores
experientes na equipe, ainda mais valendo a classificação para as
olimpíadas, que não é pouca coisa.
Como você vê o
futuro de nosso basquete?
Em
evolução. Ainda mais com tantos jogadores sendo exportados,
criando condição para que eles adquiram ainda mais experiência.
Precisamos ainda dar valor e condição de trabalho aos atletas,
pois pode parecer que não, mas alguns jogadores de futuro estão
evoluindo.
Diga qual será
seus planos para as férias e se você promoverá algum evento de
basquete no Brasil?
Minhas
ferias terão um pouco de descanso, mas também muito treino visando
o campeonato do próximo ano. Haverá uma clinica da NBA no final de
junho e ainda existe a previsão de um evento no final de agosto
com a minha participação. Espero ver a presença de muitos jovens e
de todas as pessoas ligadas de alguma forma ao basquete nestes
encontros.
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